quarta-feira, 27 de abril de 2011

Syd Barrett

Post especial para esse cara que tem uma história que me instiga muito. Primeiro: foi um dos membros fundadores do Pink Floyd (o nome Pink Floyd, aliás, foi dado por ele em homenagem a 2 "bluesêros"), banda que tenho muito apreço; Segundo: é praticamente todo dele o The Piper at The Gates of Dawn, disco que, digamos, introduziu a psicodelia na cena rock' n' roll da época (o disco é de 1967); Terceiro: Syd deixou a banda 2 anos depois do Piper, quando a mesma estava começando a entrar na cena. E é aí que começa a história. Uns (preguiçosos) dizem que ele pirou, outros o chamam de "Crazy Diamond".... Para mim não é um nem outro. Particularmente acho que ele cansou de tudo, das pessoas principalmente. Ele "viu".
Tá, os LSDs da vida deram uma ajuda... Mas ele quis isso sóbriamente: sair de cena. Bom, especulações à parte, gosto muito da época da vida dele, quando ele voltou a Cambridge, em meados de 1981, e recomeçou a pintar (ele vendeu e deu alguns quadros, outros ele rasgou e queimou). Diz a irmã dele, Rosemary, que ele saía de bicicleta tirava fotos e as pintava quando chegava em casa, além de conversar no caminho com os vendedores locais e brincar com as crianças na rua. Ela também disse que ele chegou a escrever um livro sobre a história da arte (mas também se desfez dele), e que descobriu a pintura como sua grande paixão. Roger Keith Barrett, o Syd, deixou este mundo em 07 de julho de 2006, aos 60 anos. E eu espero que ele esteja em algum lugar onde pétalas de rosa caem sobre as águas serenas do oceano.

Abaixo segue o link do primeiro albúm de estúdio do Syd, e uma coletânia com uns sons raros, pra quem é fã.





Lista de Músicas


01. Lucy Leave

02. King Bee
03. See Emily Play
04. Arnold Layne
05. Candy and a Currant Bun
06. Flaming
07. Pow R. Toc. H - Astronomy Domine
08. Interstellar Overdrive
09. Reaction in G
10. Stoned Alone
11. Vegetable Man
12. Scream thy Last Scream
13. Apples and Oranges
14. Baby Lemonade
15. Dominoes
16. Love Song
17. Terrapin
18. Gigolo Aunt
19. Effervescing Elephant
20. Octopus
21. Clowns and Jugglers
22. Jugband Blues
23. What Exactly is a Dream
24. Secaps Ytpme


E...algumas fotos do bardo.


Quando ainda era Roger Barrett.

Com o Pink Floyd.



Syd em algum show com o Floyd iluminado pelo retro-projetor - outra ideia genial dele.

Aí fotografado por Mick Rock, amigo de Syd, que lançou um livro sobre ele (clica aqui) e que fiz minha mãe trazer de Londres (risos).

Auto-retrato que Syd deu de prensente a uma namorada.



Capa do segundo disco intitulado "Barrett" e que o próprio desenhou.

Sydão anos 80.

site oficial:
site que a irmã de Syd fez pra ele:

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chet Baker

Kandinsky

Paul Newman e Joanne Woodward.






Dente-de-leão

Yes, I do.

Patti Smith, e sua camisa "Fuck the Clock". Yeah!



Madonna e...

Marylin.

Download do disco

Terceiro álbum de estúdio dos Novos Baianos, de 1973. Uma obra prima pra mim. Tem choro (Vagabundo não é Fácil), samba (Samba da minha terra, regravação de Dorival Caymmi), baião, frevo, rock (Pingos da Chuva)...Letras "vividas", sinceras, poéticas...E tu chega no fim do disco e sente mais orgulho da nossa música e sorri espontaneamente. Uma pena a maioria dos brasileiros não conhecerem a banda, e ainda terem um receio, um pré-conceito, principalmente em relação ao samba (a maioria das pessoas que eu conheço que dizem gostar de música, rechaçam o samba). Quem não gostar do disco bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé!


Aqui registro feito por Solano Ribeiro - que, a propósito, fez um ótimo documentário com a banda - em Jacarepaguá, no sítio em que viviam todos juntos fazendo musica e jogando futebol.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Out beyond ideas of wrongdoing and rightdoing, there is a field. I will meet you there.”

sábado, 9 de abril de 2011

Das Moscas da Praça Pública


“Foge, meu amigo, para a tua soledade! Vejo-te aturdido pelo ruído dos grandes homens e crivado pelos ferrões dos pequenos.
Dignamente sabem calar-se contigo os bosques e os penedos. Assemelha-te de novo à tua árvore querida, a árvore de forte ramagem que escuta silenciosa, pendida para o mar.
Onde cessa a soledade principia a praça pública, onde principia a praça pública começa também o ruído dos grandes cômicos e o zumbido das moscas venenosas.
No mundo as melhores coisas nada valem sem alguém que as represente; o povo chama a esses representantes grandes homens.
O mundo compreende mal o que é grande, quer dizer, o que cria; mas tem um sentido para todos os representantes e cômicos das grandes coisas.
O mundo gira em torno dos inventores de valores novos; gira invisivelmente; mas em torno do mundo giram o povo e a glória: assim “anda o mundo”.
O cômico tem espírito, mas pouca consciência do espírito. Crê sempre naquilo pelo qual faz crer mais energicamente — crer em si mesmo.
Amanhã tem uma fé nova, e depois de amanhã outra mais nova. Possui sentidos rápidos como o povo, e temperaturas variáveis.
Derribar: chama a isto demonstrar. Enlouquecer: chama a isto convencer. E o sangue é para ele o melhor de todos os argumentos.
Chama mentira e nada a uma verdade que só penetra em ouvidos apurados. Verdadeiramente só crê em deuses que façam muito ruído no mundo.
A praça pública está cheia de truões ensurdecedores, e o povo vangloria-se dos seus grandes homens. São para eles os senhores do momento.
O momento oprime-o e eles oprimem-te a ti, exigem-te um sim ou um não. Desgraçado! Queres colocar-te entre um pró e um contra?
Não invejes esses espíritos opressores e absolutos ó! amante da verdade! Nunca a verdade pendeu do braço de um espírito absoluto.
Torna ao teu asilo, longe dessa gente tumultuosa; só na praça pública assediam uma pessoa com o “sim ou não?”.
As fontes profundas têm que esperar muito para saber o que caiu na sua profundidade.
Tudo quanto é grande passa longe da praça pública e da glória. Longe da praça pública e da glória viveram sempre os inventores de valores novos.
Foge, meu amigo, para a soledade; vejo-te aqui aguilhoado por moscas venenosas.
Foge para onde sopre um vento rijo.
Foge para a tua soledade. Viverás próximo demais dos pequenos mesquinhos. Foge da sua vingança invisível! Para ti não mais que vingança.
Não levantes mais o braço contra eles!
São inumeráveis, e o teu destino não é ser enxota-moscas!
São inumeráveis esses pequeninos e mesquinhos; e altivos edifícios se têm visto destruídos por gotas de chuva e ervas ruins.
Não és uma pedra, mas já te fenderam infinitas gotas. Infinitas gotas continuarão a fender-te e a quebrar-te.
Vejo-te cansado das moscas venenosas, vejo-te arranhado e ensangüentado, e o teu orgulho nem uma só vez se quer encolerizar.
Elas desejariam o teu sangue com a maior inocência; as suas almas anêmicas reclamam sangue e picam com a maior inocência.
Mas tu, que és profundo, sentias profundamente até as pequenas feridas, e antes da cura já passeava outra vez pela tua mão o mesmo inseto venenoso.
Pareces-me altivo demais para matar esse glutões; mas repara, não venha a ser destino teu suportar toda a sua venenosa injustiça!
Também zumbem à tua roda com os seus louvores. Importunidades: eis os seus louvores. Querem estar perto da tua pele e do teu sangue.
Adulam-te como um deus ou um diabo! choramingam diante de ti como de um deus ou de um diabo. Que importa?
São aduladores e choramingas, nada mais.
Também sucede fazerem-se amáveis contigo; mas foi sempre essa a astúcia dos covardes. É verdade; os covardes são astutos!
Pensam muito em ti com a alma mesquinha. Suspeitam sempre de ti. Tudo o que dá muito que pensar se torna suspeito.
Castigam-te pelas tuas virtudes todas.
Só te perdoam verdadeiramente os teus erros.
Como és benévolo e justo, dizes: “Não têm culpa da pequenez da sua existência”. Mas a sua alma acanhada pensa: “Toda a grande existência é culpada”.
Mesmo que sejas benévolo com eles, ainda se consideram desprezados por ti e pagam o teu benefício com ações dissimuladas.
O teu mudo orgulho contraria-os sempre, e alvorotam quando acertas em ser bastante modesto para ser vaidoso.
O que reconhecemos num homem infamamos-lhe também nele. Livra-te, portanto, dos pequenos.
Na tua presença sentem-se pequenos, e sua baixeza arde em invisível vingança contra ti.
Não notaste como costumávamos emudecer quando te aproximava deles, e como as forças os abandonavam tal como a fumaça que se extingue?
Sim, meu amigo; és a consciência roedora dos teus próximos, porque não são dignos de ti. Por isso te odeiam e quereriam sugar-te o sangue.
Os teus próximos hão de ser sempre moscas venenosas. E o que é grande em ti deve precisamente torná-los mais venenosos e mais semelhantes às moscas.
Foge, meu amigo, para a tua soledade, para além onde sopre vento rijo e forte. Não é destino teu ser enxota-moscas”.
Assim falava Zaratustra.

A incrível música de Mulatu Astatke.

                                          
                                          download

Pintando o Espaço



Pintar o espaço é tão fácil quanto desenhar casinha. Abaixo ensino esse truque. Pega aquela camiseta preta que está guardada no fundo da gaveta e mãos à obra!

Primeiro Passo: Com um pincel passe água sanitária na camiseta (não esquece de colocar algo por baixo, como por exemplo uma placa de madeira, pra não vazar e manchar as costas da camiseta), formando o desenho base. Pode passar bastante. Quanto mais passar, mais claro fica.
Segundo Passo: Pegue aqueles corantes Tupy (clique aqui), escolha as cores que vai colocar (eu escolhi azul escuro, vermelho e roxo), e depois de preparar o corante (coloque num pote um pouco do corante e jogue água fervendo) vá dando pinceladas suaves por cima da base de água sanitária. Obs.: espere secar a água sanitária da camiseta pra passar o corante.
Terceiro Passo: Faça bolinhas com tinta de tecido branca (você pode variar no tamanho das bolinhas)

 
E...voilà: está pronta a camiseta! Gostaram?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Let's find some beautiful place to get lost"

Desde que me entendo por gente eu gosto de fotografia, e imagens num geral. Tenho uma pasta daquelas de plástico onde guardo recortes de imagens de jornal das mais variadas coisas. Aqui vou colocar algumas imagens incríveis que andei roubando por aí ao longo dos anos, e que estão guardadas em uma pasta no meu computador chamada "inspirações". Espero que quem ver se sinta inspirado também.

Fishing.

                                                                        Paz.                                                                     

                             Quando for ao México, irei a San Miguel de Allende.                                                              

                                                                   Green is the color.



                                                                Sonho de consumo.


                                                                          Sunflower.